Estava vendo um documentário no History Channel sobre "O mundo sem ninguém" e percebi o quanto somos pequenos,quase insignificantes diante de todas as outras civilizações antigas,que deixaram de certa forma algo para serem lembradas.
Somos tão frágeis, supérfluos, nos achamos tão essenciais e mal conhecemos a nossa própria essência. Seria tão fácil sumir sem deixar rastros. Somos apenas números(agora). Até baratas sobreviveriam!
Não poderíamos deixar nada, além de pequenas marcas que seriam apagadas em algumas décadas.
Parei para pensar que brigamos por coisas tão pequenas, fingimos por muito menos. Não abrimos mais a nossa casa e chamamos o nosso vizinho. Moramos em prédios, cercados pelo medo e câmeras que deveriam estar nos protegendo e não nos vigiando. Somos guiados por controles remotos, a preguiça se deleita em nossas mentes. Pensar seria um desafio quase mortal para muitos.
Criamos nosso próprio clima e desviamos rios porque queremos mais ruas, mais carros, mais poluição. Somos os únicos responsáveis pela nossa irresponsabilidade.
Como seria o mundo sem ninguém?
É provável que fosse um lugar melhor. Mais respirável, mais potável, mais azul. Sem tantas fachadas, tanto cinza, concreto na areia e acordos comerciais.
Nossa ignorância estaria a salvo das próximas civilizações. Não somos capazes nem de deixar rastros. Nossa lei tem sobrenome e o poder tem uma casa, geralmente a maior, melhor, mais cara, com várias 4x4 na garagem ou andando pela cidade como se o trânsito fosse somente deles.
Quem sabe eles já vivem num mundo sem ninguém. Sem trânsito, sem filas, sem dificuldades. O mundos dos SEM. Sem preocupações, sem medo, sem vergonha na cara!
Bem que o mundo poderia ser "O mundo sem ninguém" em época eleitoral. Queria só ver quantas pessoas existiriam para votar no "Mundo dos Quem".
Muito interessante o texto, parabéns pela escolha e pela observação.
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