Tuesday, 19 July 2011

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E chega assim, como se não tivesse medo de não ter sido convidado. Foi chegando, entrando, invadindo, perguntando, e me enfrentando.
Começas devagar, sem se preocupar com os resultados , mas depois avanças na mesma velocidade das palavras que despejas aleatoriamente. Não nego o furor, não nego o desejo, não nego o desespero de sentir a tua pele tão próxima da minha. Não nego, apenas fujo. Fujo porque me parece a alternativa mais sólida, mais precisa, mais amigável para a minha mente. Meus princípios me castigam antes de dormir. Minha mente tenta não te imaginar, não te buscar em meio as lembranças bagunçadas , mas não me detenho, não me contenho e sinto a sua respiração me deixando louca, como se jamais tivesse sentido isso antes.
Preciso esquecer. Preciso deletar, preciso seguir em frente. Preciso parar de tentar obter respostas, resultados, explicações. Para algumas coisas não existem motivos, apenas a vontade. E é ela que me persegue enquanto escrevo isso.
Me refugio nas palavras, porque acredito nelas. Acredito no poder de desabafar através de uma página em branco. E essa página jamais será lida, comentada, repassada, apenas servirá como um rascunho do que sinto e por si só já é bastante explicativa.
Não me condene. Não te imponhas. Apenas aceite que alguma coisas nunca deveriam ter acontecido, algumas palavras nunca deveriam ter sido trocadas e os desejos? Ah! Os desejos, isso jamais saberemos. . . apago eles com notas de realidade.
Não quero perder essa paz, não quero acordar e me sentir desprotegida. Antecipo as minhas dores e cancelo as minhas experiências, mas faço isso em nome do meu amor próprio (já tão ferido e esquecido anteriormente).
Quem dera alguém pudesse consertar esses sentimentos, tão singulares, profundos, secretos!
Preciso dormir e prefiro que não estejas incluso nos meus sonhos, porque teria que relutar para acordar na manhã seguinte e conviver com a idéia de que nada foi real.
Acho que nada foi real. Fomos vítimas de um simples momento...um momento que já não existe mais, como muitos que foram levados pelo tempo...
Te lembrarei...mesmo que apenas entre as palavras que me recuso a publicar...

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