Sorrisos sem som.
Árvores que passam mais velozes pelos vidros do carro.
Nunca saberemos o quanto sentiremos saudade até perdermos.
Nunca saberemos o quanto aquelas ruas eram fantásticas até não podermos mais caminhar por elas.
Não, não, não tem como saber antes o gosto amargo da saudade. A ausência dos dias que já não podem mais voltar.
Experiências, amigos, vento frio batendo no rosto. Mancadas, risos, dificuldades.
Quanta falta que me faz, sentir-me completamente a sós com os meus medos e pensamentos, andando a beira do canal ao lado
da minha antiga casa.
Quanta saudade do meu dia-a-dia; dos cafés da manhã, escovas de dente em um copo de alumínio, espelhos quadriculados.
Viagens em buscas de novos castelos, novas ruínas. Caminhar por ruas que eram sempre desconhecidas. Pessoas que nunca mais
veria no mesmo lugar.
Sinto saudade. Saudade dos finais de tarde no pub perto de casa depois de ter jantado no restaurante indiano perto de casa.
Saudade do bacon e ovos mexidos de manhã, Red bull sem açúcar. Saudade dos museus que sempre impressionavam, saudade
das ruelas, dos mistérios por trás de cada uma delas.
Saudade da vista que se tem da roda gigante, de Londres no natal. Saudade dos abraços que eu deixei pra trás. Saudade de ter um sonho!
Só quero desabafar agora e me lembrar dos dias que estava atrasada para o trabalho, dentro de ônibus vermelhos, de dois andares, tentando
entender uma língua diferente.
Não posso negar. Me sinto parte daquilo tudo. E a cada dia que passa, sinto mais. O tempo ele judia, ele rasga a carne, penetra
nas entranhas e dalí não sai mais!
As vezes não consigo respirar! Só queria abrir meus olhos depois de mais uma noite e perceber que tudo foi apenas um sonho, e que posso
estar novamente aonde desejo...Que Deus me ajude e que me dê muita força para superar essa saudade...
Oie guriazinha, não fique assim não... Brasil também é bom, nossa terrinha, cheiro de mato e muitas amizades. Te adoro, beijos, saudades...Aline Mendes Gonçalves
ReplyDelete