Primeiramente peço desculpas pela minha falta de periodicidade. Sei que as vezes nada justifica a ausência, mas posso dizer que tive meus motivos. Serei egoísta em preservar a fonte deles e espero que você sempre retorne aqui para “me ler”.
Gostaria de comentar sobre um assunto que acredito que afeta todas as mulheres. E a pressão da mídia para que elas( seres humanos normais)sejam perfeitas. Estava vendo um site, que prefiro não divulgar o nome e achei incrível como alguns “jornalistas” se é que assim os podemos chamar, divulgam fotos e textos com as frases do tipo: até tu “fulana”?
Ok. Vou tentar ser mais clara, estamos falando de celulites. Estava lendo a respeito disso faz algum tempo e diziam que 95% das mulheres têm celulites, as que não possuem é porque já fizeram algum tratamento ou estão fazendo. Claro que sabemos que uma vida saudável, sem vícios e regada a exercícios é fundamental para manter um corpo bonito. Mas ai vem aquela questão que falei anteriormente, o julgamento da mídia diante dessas mulheres, que por serem conhecidas por seus trabalhos na televisão ou na dança, qualquer meio que seja, são julgadas por terem os indesejáveis furinhos.
Gente!!!!! Estamos perdendo a noção do ridículo! Vou perguntar, levanta a mão quantas de vocês que estão lendo isso têm celulite? Teriam coragem de se expor aqui e escrever: eu tenho? Deixo aqui essa proposta. E para começar eu deixo a minha : SIM, EU TENHO!
Faço exercícios mais de 4 vezes por semana, malho cada centímetro e mesmo assim eu continuo com os furinhos. Mas não deixo de usar alguma roupa que eu gosto, porque alguém vai falar alguma coisa.
Acredito que algo fundamental nessa história toda, é você estar de bem com você mesma, independente de alguém estar dizendo o que é certo ou errado. Somos lindas sim, fofas, gostosas, vitaminadas, como queiram ser chamadas, mas acima de tudo somos seres humanos com opinião e queremos respeito.
O mundo que querem nos mostrar através dessa pressão da mídia, ele não existe! Sempre teremos imperfeições, sempre vamos estar querendo melhorar sim, mas queremos fazer isso por nós mesmas, e não porque alguém vai falar dos seus “defeitos” sempre que você colocar um biquíni e for até a praia. Somos muito mais que os comentários dos outros, somos seres humanos e só por isso, já somos imperfeitos. E devemos aceitar essa verdade.
Se as pessoas olhassem mais ao seu redor, perceberiam o quanto estão se tornando mesquinhas e pequenas, querendo julgar a amiga ou a estrela da novela das oito, porque ela não é aquele ser perfeito que ela pensava...
Você deixaria de sair com a sua namorada, por exemplo, porque ela tem celulite? Ou você deixaria de ir até a praia e curtir as maravilhas da natureza porque alguém falaria de você? Deixaria? Será que nós , mulheres, vamos levar essa tarja em nossas cabeças, ou melhor, em nossas pernas e bumbum para sempre?
Você já parou para pensar nisso? Ou o fato de alguém famoso ter celulite apenas te deixa mais tranqüila e satisfeita em relação ao seu corpo?
Pare e pense...
Monday, 28 September 2009
Wednesday, 23 September 2009
ROTINA
Ela saiu rápido, não fechou a porta. Não olhou para trás. Os cabelos desgrenhados presos por um elástico amarelo estão caiando em seu rosto, pálido, fino, pele não muito cuidada. Talvez ela não teve uma boa noite de sono, talvez não fosse mais tão nova assim. Ela correu, mas o ônibus já havia saído. Abriu a sua bolsa, mexeu em alguns papéis, pegou uma chave e a olhou por alguns segundos. A pôs em um bolso menor na parte da frente. Seu telefone tocou. Mais pessoas chegavam no ponto de ônibus. Seus cabelos continuavam bagunçados.
Impaciente, olhava o relógio. Abriu a sua bolsa novamente e tirou um sanduíche, deu algumas mordidas e o embrulhou novamente num pedaço de papel . Seu ônibus chegou com 3 minutos de atraso porque o trânsito das seis horas chega a ser insuportável. Entrou, mostrou seu bilhete ao motorista, ele sacudiu a cabeça dizendo que o bilhete não era mais válido. Mais impaciente ainda ela colocou as mãos no fundo da bolsa e pegou algumas moedas e entregou a ele. Foi até o fundo, sentou-se numa poltrona com o tecido rasgado, encostou sua cabeça na lateral e fechou seus olhos, cansados, pesados, tristes. Seus dedos estavam entrelaçados, a alça de sua bolsa caia sobre suas pernas, e o mundo todo continuava seu ciclo, normal, correria, ruas, travessas, sinais, cafés, restaurantes, praças, público, teatros, números, sacolas, turistas, jornais. Tudo tão simplificado, reduzido, desmoralizado e aceito!
E ela? Ela só queria fechar seus olhos e dormir, naquele ônibus com a poltrona rasgada.
Impaciente, olhava o relógio. Abriu a sua bolsa novamente e tirou um sanduíche, deu algumas mordidas e o embrulhou novamente num pedaço de papel . Seu ônibus chegou com 3 minutos de atraso porque o trânsito das seis horas chega a ser insuportável. Entrou, mostrou seu bilhete ao motorista, ele sacudiu a cabeça dizendo que o bilhete não era mais válido. Mais impaciente ainda ela colocou as mãos no fundo da bolsa e pegou algumas moedas e entregou a ele. Foi até o fundo, sentou-se numa poltrona com o tecido rasgado, encostou sua cabeça na lateral e fechou seus olhos, cansados, pesados, tristes. Seus dedos estavam entrelaçados, a alça de sua bolsa caia sobre suas pernas, e o mundo todo continuava seu ciclo, normal, correria, ruas, travessas, sinais, cafés, restaurantes, praças, público, teatros, números, sacolas, turistas, jornais. Tudo tão simplificado, reduzido, desmoralizado e aceito!
E ela? Ela só queria fechar seus olhos e dormir, naquele ônibus com a poltrona rasgada.
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